As bolsas da Europa registraram possante recuperação nesta quinta-feira, 10, embaladas pelo consolação trazido pela suspensão temporária das tarifas recíprocas supra de 10% para países que não retaliaram os Estados Unidos, uma medida que beneficiou diretamente a União Europeia.
Mesmo com os ganhos, os principais índices de Frankfurt, Paris e Lisboa terminaram nas mínimas do dia, temperando a subida da véspera em Wall Street com o ajuste em queda dos mercados acionários norte-americanos nesta quinta-feira (10).
Em Londres, o FTSE 100 avançou 3,04%, aos 7.913,25 pontos. O CAC 40, de Paris, subiu 3,83%, para 7.126,02 pontos, mínima do dia, enquanto o Ibex 35, de Madri, ganhou 4,3%, aos 12.307,60 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve subida de 2,41%, a 6.404,79 pontos.
Já o FTSE MIB, de Milão, avançou 4,73%, aos 34.277,09 pontos. O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, subiu 4,53%, para 20.562,73 pontos, na mínima intradiária. Os dados ainda são preliminares.
A presidente da Percentagem Europeia, Ursula von der Leyen, saudou a suspensão das tarifas recíprocas para todos os países, exceto a China, classificando a medida porquê um “grande passo” para estabilizar a economia global.
Já François Villeroy de Galhau, dirigente do Banco Mediano Europeu (BCE) e presidente do Banco da França, afirmou que a pausa nas tarifas ainda representa “más notícias” para a Europa.
Investidores seguem atentos aos desdobramentos das tensões comerciais. O presidente americano sinalizou que não pretende implementar novos aumentos e disse estar esperançoso em fechar “um bom pacto” com a China.
Apesar do consolação nos mercados, analistas mantêm cautela. O Citi avalia que ainda há incertezas demais para prezar os impactos nos lucros das montadoras europeias, embora reconheça o potencial de extenuação da demanda global, mormente nos EUA e na China.
BMW e Mercedes, que exportam SUVs da América para o mercado chinês, estão entre as mais vulneráveis. A desvalorização do yuan também pode desgastar ainda mais os lucros das fabricantes europeias no mercado chinês.
No noticiário corporativo, o grupo Prada anunciou a compra da grife Versace por 1,25 bilhão de euros.
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