O papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira 21, era avesso ao luxo e à ostentação. Fez voto de pobreza, tal uma vez que São Francisco de Assis, protetor dos animais, e a quem escolheu homenagear com seu nome papal. Deixou isso muito simples até na hora da morte, pedindo um caixão simples de madeira. Durante os 12 anos em que foi pontífice, não quis a usar a cruz cravejada de pedras preciosas, preferindo uma simples de ferro, ficou distante das vestes opulentas e bordadas em ouro e fazia questão de usar seus sapatos pretos, visivelmente gastos.
Exatamente por isso, teve grande repercussão um incidente em março de 2023, quando “vazou” nas redes sociais uma foto do papa Francisco supostamente vestindo um casacão branco longo, estilo “puffer”, mas que definitivamente zero tinha a ver com o seu estilo, digamos, minimalista. A imagem, a princípio dada uma vez que verdadeira e que enganou sites de notícias, foi feita pelo artista Pablo Xavier com lucidez sintético.
Esta imagem, na verdade, ficaria mais harmónico se fosse feita com a imagem do predecessor de Francisco, o papa Bento XVI. Ele sim era visivelmente ligado em voga e gostava muito de produções luxuosas, inclusive as vestes bordadas em ouro. Tanto que logo no início de seu papado, em 2005, fez questão de levar consigo para o Vaticano seus alfaiates Alessandro Cattaneo e Raniero Mancinelli – técnico em roupas de luxo para religiosos.
Por conta disso, criou polêmicas, mormente pelos famosos sapatos vermelhos atribuídos à Prada – veste desmentido pela grife italiana em enviado solene e pelo Vaticano, que chegou a vulgarizar uma resposta à polêmica dizendo que “o papa não veste Prada, o papa veste Cristo”.
Veja o visual do papa Francisco e do papa Bento XVI:
