As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em subida nesta segunda-feira (21) conforme investidores ponderam sobre a guerra mercantil deflagrada pelas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
Em segmento, a esperança de possíveis acordos apoiou ativos asiáticos, em dia de liquidez reduzida por mercados fechados em Hong Kong, na Europa e na Austrália, graças a feriado estendido.
Em Tóquio, mas, o índice Nikkei fechou em queda de 1,3%, a 34.279,92, pressionado por ações de montadoras de carros e pela valorização do iene, o que tende a reduzir lucros das exportadoras japonesas, na escassez de sinais sobre progresso em negociações para combinação econômico com os EUA.
O premiê do Japão, Shigeru Ishiba, expressou nesta segunda-feira preocupações sobre a “inconsistência” nas atitudes de Trump.
Em Taiwan, o índice Taiex também recuou 1,49%, a 19.106,20 pontos, puxado pelas fortes perdas em ações de tecnologia.
Na China continental, o Xangai Constituído subiu 0,45%, a 3.291,43 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Constituído garantiu subida de 1,6%, a 1.910,76 pontos, impulsionadas por mineradoras de ouro e empresas de software.
A Zijin Mining (+5,6%) e Shandong Gold Mining (+8%) tiveram salto particularmente significativo, depois que o metal valedouro renovou recorde de máxima.
O movimento pareceu colocar em segundo projecto a escalada da guerra mercantil EUA-China – com a potência asiática aplicando novas sanções sobre americanos e alertando sobre alianças com outros países às custas de Pequim – e a manutenção dos juros pelo BC chinês, sabido uma vez que PBoC.
Em Seul, o índice Kospi subiu 0,2%, a 2.488,42 pontos, marcando a terceira sessão consecutiva de ganhos. Ações de utilidades, semicondutores e setor bancário deram conforto para a bolsa sul-coreana, apesar de leitura fraca da balança mercantil.
Segundo o Nomura, as tarifas de Trump já estão atingindo a Coreia do Sul, considerada “termômetro mercantil” da Ásia, e sugerem que as exportações asiáticas devem ter um declínio de dois dígitos neste ano, muito mais intenso do que o esperado.
*Com informações da Dow Jones Newswires e da Associated Press
Tarifas “recíprocas” de Trump não são o que parecem; entenda