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Bolsas no mundo caem até 20% desde posse de Trump

Bolsas em todo o mundo afundaram nesta segunda-feira (7) em meio à tensão gerada pela guerra mercantil deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os primeiros sinais de que o início de semana seria de poderoso queda foram emitidos na Ásia. No Japão e em Taiwan, os investidores chegaram a inclusive suspender os negócios […]

Bolsas no mundo caem até 20% desde posse de Trump


Bolsas em todo o mundo afundaram nesta segunda-feira (7) em meio à tensão gerada pela guerra mercantil deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os primeiros sinais de que o início de semana seria de poderoso queda foram emitidos na Ásia. No Japão e em Taiwan, os investidores chegaram a inclusive suspender os negócios em meio à queda vertiginosa dos preços em um limitado espaço de tempo.

Até o fechamento deste pregão, o índice nipónico Nikkei 225 acumula baixa de 15,75% desde a posse de Trump, em 20 de janeiro.

Na China, grande rival dos norte-americanos nesse novo capítulo de guerra mercantil, o Ftse China 50 subiu 1,12% no período. Desde o pico atingido no dia 18 de março, porém, o índice já caiu 29,5%.

Além da China, o Ibovespa é o único que subiu desde a posse de Trump: lucro de 5,04% no período.

As perdas não se limitam aos parceiros globais. Nos EUA, o temor dos impactos que as tarifas terão na economia, sobretudo depois o aumento do risco de recessão, forçou para plebeu os índices de Wall Street.

O S&P 500 — indicador mais largo das bolsas em Novidade York — afundou 15,58% desde a volta do republicano à Morada Branca. A situação é pior no Nasdaq Composite — indicador que junta empresas de tecnologia — que despencou 20,51%.

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“O mercado está precificando uma maior verosimilhança de recessão global depois o pregão das tarifas (e por isso o mercado está operando em modo de aversão ao risco)”, avalia Diego Chumah, gestor de bolsa macro do ASA Hedge.

Por que os investidores estão tensos?

Antes de voltar ao governo, Trump refletia otimismo no mercado. As bolsas subiam, sobretudo, por conta da expectativa de que o republicano fizesse um mandato que estivesse atento ao universo financeiro.

Porém, desde que voltou à Morada Branca, o presidente dos EUA já sinalizou algumas vezes que esta não seria a abordagem. Neste final de semana, em conversa com repórteres no Air Force One, Trump disse “esqueçam os mercados por um segundo”.

A questão é que os mercados passaram a precificar a tensão e as incertezas geradas em torno das medidas comerciais adotadas pelo republicano.

Laércio Hypolito, sócio da OnField Investimentos, cita que o temor é de uma guerra mercantil mais ampla em verificação à disputa deflagrada por Trump em seu primeiro procuração, que tinha meta majoritariamente na China.

“Será que existe qualquer setor que não vai ser tarifado? Qual o país que vai tolerar menos sanções?’ Enquanto essas perguntas não são respondidas, as bolsas caem com aversão ao risco”, aponta.

Na última quarta-feira (2), Trump deu a maior guinada, até o momento, em sua guerra mercantil contra o mundo. Ele lançou uma série de “tarifas recíprocas” aos parceiros comerciais dos EUA.

Segundo a Fitch, isso deve levar a média das taxas aduaneiras do país ao maior nível desde 1910. De olho nesse cenário, o JP Morgan elevou sua aposta de que os EUA devem entrar em recessão.

“Enquanto não houver um contrato ou negociação buscando uma redução dessas tarifas, a guerra mercantil vai continuar levando volatilidade para as bolsas mundiais”, indica Hypolito.

Na sexta-feira (4), o presidente do Federalista Reserve (Fed, o banco medial norte-americano), Jerome Powell, disse que as tarifas devem trazer mais inflação e menos atividade econômica aos EUA.

André Valério, economista sênior do Inter, reforça que quedas nas bolsas dos EUA e do mundo refletem a quebra de expectativas que houve com o procuração do republicano.

“Trump, em seu segundo procuração, se mostra muito mais comprometido com as tarifas, refletindo uma visão antiquada e enganosa de que déficits comerciais são maléficos e de que os Estados Unidos deveriam buscar uma relação mercantil superavitária com todos os parceiros comerciais”, afirma Valério.

“Essa abordagem pode colocar a economia americana em rota de recessão no limitado prazo, pois gera um efeito paralisante sobre os negócios, com empresários e consumidores congelando suas decisões em meio à elevada incerteza, até terem uma melhor noção do que está por vir”, pontua.

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