Desglobalização é ruim para o Brasil no longo prazo, diz economista do UBS

As tarifas de Donald Trump foram, segundo o ministro da Quinta, Fernando Haddad, decisões para um processo de desglobalização. Para a diretora de macroeconomia para o Brasil no UBS GWM, Solange Srour, o movimento traz uma perspectiva de limitado prazo positiva, mas com preocupações significativas para o médio e longo prazo. Segundo Srour, o Brasil pode […]

Desglobalização é ruim para o Brasil no longo prazo, diz economista do UBS


As tarifas de Donald Trump foram, segundo o ministro da Quinta, Fernando Haddad, decisões para um processo de desglobalização. Para a diretora de macroeconomia para o Brasil no UBS GWM, Solange Srour, o movimento traz uma perspectiva de limitado prazo positiva, mas com preocupações significativas para o médio e longo prazo.

Segundo Srour, o Brasil pode se beneficiar no curto prazo devido ao dólar fraco e à diversificação de portfólios globais. “No limitado prazo eu acho que a gente pode se beneficiar assim, a gente está passando por um momento de dólar fraco, num momento de mudança de portfólio para diversificação”, explicou a economista.

No entanto, a perito alertou para os desafios que o país pode enfrentar no porvir. “No médio e longo prazo, se realmente a gente está indo para um mundo muito mais polarizado, o Brasil vai permanecer numa situação difícil”, afirmou Srour. Ela destacou a possível desaceleração da China, principal parceiro mercantil do Brasil, uma vez que um fator de risco.

Riscos geopolíticos e urgência de reformas

A economista também chamou atenção para o aumento dos riscos geopolíticos, mencionando conflitos atuais e potenciais, incluindo tensões envolvendo Taiwan. Srour enfatizou que, para um país exportador de commodities uma vez que o Brasil, uma desaceleração global não é favorável.

“A gente está prestes para crescer de outras formas também, e não somente em commodities, porque pode ser que a gente vá passar por um período realmente de desenvolvimento muito plebeu em China, em Estados Unidos, em Europa”, alertou a perito.

Srour ressaltou a relevância de o Brasil realizar reformas internas, especialmente para reduzir as taxas de juros. “Se a gente não conseguir trabalhar com juros mais baixos, não dá para desenvolver zero no Brasil. O dispêndio de oportunidade do Brasil, ele afeta o investimento, ninguém investe no Brasil tendo um dispêndio de oportunidade de 8% real ou mais”, explicou.

“Eu estou cautelosamente otimista com o limitado prazo, a gente está vendo e apreciando o preço de ativos pode melhorar, mas no médio e longo prazo essa situação de desglobalização não é boa para o Brasil”, finalizou.

WW Próprio

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