O grupo gálico Hermès, estimado em muro de 1,6 trilhão de reais e atual líder global no segmento de tendência de luxo, anunciou que aumentará os preços de seus produtos nos Estados Unidos a partir de 1º de maio. O ajuste visa ressarcir a tarifa de 10% imposta recentemente pelo presidente Donald Trump.
O diretor financeiro da companhia, Eric Halgouët, afirmou que o reajuste será extenso e suficiente para anular o impacto tributário, mas não revelou o percentual exato da subida. A medida ocorre poucos meses em seguida um aumento global de preços entre 6% e 7%.
“Será um aumento de preços complementar que estamos finalizando, mas que nos permitirá neutralizar esse impacto”, disse Halgouët, em entrevista a jornalistas.
A decisão foi comunicada em seguida a divulgação do desempenho financeiro da Hermès no primeiro trimestre, quando o grupo registrou subida de 8,5% na receita, alcançando 4,1 bilhões de euros. As Américas puxaram o prolongamento, com destaque para EUA, Canadá, México e Brasil.
Apesar de desafios porquê eventos climáticos extremos que forçaram o fechamento de lojas, a marca encerrou março com possante desempenho no mercado norte-americano. Segundo a empresa, a clientela ultrarrica continua leal – e, caso os preços nos EUA desagradem, muitos devem recorrer às lojas da grife em Paris.
Em transmitido, o CEO da Hermès, Axel Dumas, disse que “em um contexto geopolítico e econômico multíplice, a mansão está fortalecendo seus fundamentos mais do que nunca”. O executivo já havia alertado, em fevereiro, que os preços poderiam subir caso as taxas de importações aumentassem.