O dólar operava em queda nesta sexta-feira (2), enquanto o Ibovespa revertia as perdas e rondava a firmeza, com investidores à espera de novos desdobramentos da guerra mercantil entre China e Estados Unidos, enquanto digerem a bateria de dados econômicos nos EUA e na Europa.
Por volta das 12h00 (horário de Brasília), o principal índice acionário brasílio recuava 0,03%, aos 135.032,97 pontos.
Já o dólar à vista tinha queda de 0,54%, a R$ 5,6425, caminhando para fechar a semana em ligeiro baixa.
Enquanto investidores ajustam posições no Ibovespa, os ganhos do real nesta sessão ocorriam na esteira de perdas amplas da mote norte-americana nos mercados globais. O movimento se dá pois os agentes financeiros demonstravam maior gosto por risco devido à perspectiva de início das negociações tarifárias entre EUA e China que podem reduzir as tensões comerciais.
O Ministério de Transacção da China afirmou nesta sexta-feira que Pequim está “avaliando” uma oferta dos EUA para discutir as tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, embora tenha comunicado o país a não usar “roubo e coerção”.
O posicionamento chinês ameniza a incerteza criada ao longo da semana com as percepções diferentes entre os dois países sobre as relações comerciais. Enquanto autoridades dos EUA apontavam que um conformidade poderia ser obtido em breve, Pequim reiterava que não havia discussões em curso.
Uma vez que os mercados temem que a guerra mercantil possa levar a uma recessão global neste ano, investidores aproveitavam para buscar ativos mais arriscados em seguida o refrigério na questão tarifária.
Dados econômicos
Nos EUA, o payroll mostrou que houve a geração de 77 milénio empregos em abril, supra das expectativas de 138 milénio. O relatório é a principal métrica do mercado de trabalho norte-americana.
O salário médio por hora aumentou 0,17%, ou US$ 0,06, a US$ 36,06, na conferência mensal de abril. A variação ficou inferior da projeção do mercado, de subida de 0,30%. Na conferência anual, houve aumento salarial de 3,77% em abril, também aquém do consenso, de lucro de 3,90%.
Já a taxa de desemprego dos EUA permaneceu em 4,2% em abril, repetindo o nível de março.
Na Europa, dados melhores que o esperado refletiram no ânimo dos mercados por lá.
O índice de gerentes de compras (PMI, na {sigla} em inglês) industrial da zona do euro subiu de 48,6 em março para 49 em abril, atingindo o maior nível em 32 meses. O resultado superou a projeção de mercado de 48,7 para o mês. Ainda assim, a manufatura do conjunto segue em contração por ter leitura subordinado a 50.
Já na Alemanha, o PMI industral também acelerou levemente supra do esperado, indo de 48,3 em março para 48,4 em abril, também no maior nível em 32 meses.
Por sua vez, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela {sigla} em inglês) da zona do euro permaneceu em 2,2% em abril, repetindo o nível de março –supra da expectativa de ligeiro queda a 2,1%.
*Com informações da Reuters