O dólar à vista recuava perante o real nesta quarta-feira (23), afetado por um movimento global de gosto por risco, à medida que os investidores digeriam um recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seus ataques ao chair do Federalista Reserve, e com a expectativa de consolação nas tensões comerciais com a China.
Às 10h29, o dólar à vista caía 0,78%, a R$ 5,6804 na venda.
No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasílio, avançava 1,57%, a 132.507,30 pontos.
Contexto internacional
Os ganhos da moeda brasileira ocorriam na esteira do progressão de uma série de ativos arriscados, uma vez que futuros de Wall Street, ações na Europa e na Ásia e moedas de países emergentes, incluindo altas para o peso mexicano e o peso chileno.
Por trás do gosto por risco nesta sessão estavam comentários de Trump, que recuou em suas críticas ao chefe do Fed, Jerome Powell, e sugeriu que os EUA podem alcançar um acordo comercial com a China, aliviando a guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo.
Nos últimos dias, os mercados de ações e os ativos dos EUA no universal sofreram com as ameaças de Trump de prescindir Powell devido a sua insatisfação com o patamar da taxa de juros do banco meão norte-americano, elevando preocupações dos investidores com a independência da domínio monetária.
Na terça-feira (22), Trump afirmou que não deseja prescindir Powell, mas reforçou o libido de que a taxa de juros seja reduzida pelo Fed a término de evitar uma desaceleração da economia dos EUA.
Ainda na véspera, Trump e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, sinalizaram separadamente que pode possuir um consolação nas tensões comerciais com a China, com o presidente indicando que um conciliação pode reduzir as atuais tarifas “substancialmente”.
Analistas temem que uma prolongamento das disputas comerciais entre China e EUA possa levar a uma recessão em diversos países ao volta do mundo.
“Hoje o dia promete ser de propensão ao risco… Temos um bom dia no início de pregão na Europa e na Ásia. Esse sentimento deve servir de suporte para os ativos domésticos”, disse Matheus Spiess, exegeta da Empiricus Research.
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Ao contrário do movimento em mercados de ações, as críticas de Trump a Powell também favoreceram o real na terça-feira, uma vez que a fuga de ativos dos EUA, uma vez que o dólar, beneficiaram outras divisas de forma ampla, com o gosto por risco estendendo os ganhos neste pregão.
O índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caía 0,43%, a 99,140.
Contexto pátrio
Na cena doméstica, o mercado pátrio volta as atenções para comentários de autoridades pela manhã, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor de Política Monetária do Banco Meão, Nilton David.
*Com informações da Reuters