O dólar à vista tinha subida diante de o real nesta quarta-feira (30), à medida que investidores analisam dados econômicos dos Estados Unidos, que mostraram contração no primeiro trimestre. O mercado também repercutia dados de tarefa no Brasil.
Às 10h54, o dólar à vista subia 0,80%, a R$ 5,6657 na venda.
No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasiliano, tinha queda de 0,26%, a 134.744,77 pontos.
Na terça-feira (29), o dólar à vista fechou em baixa de 0,32%, aos R$ 5,6307, registrando a oitava sessão consecutiva com perdas.
Economia dos EUA
Os movimentos da moeda brasileira nesta sessão ocorriam em meio a ganhos modestos da mote dos EUA no exterior, com o dólar avançando ligeiramente sobre pares fortes, porquê o euro e o iene, e pares emergentes, porquê o peso mexicano e o rand-sul africano.
As negociações eram influenciadas pela divulgação de dados econômicos dos EUA pela manhã, com destaque para os números de criação de empregos no setor privado em abril e do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que evidenciaram uma desaceleração econômica nos EUA.
O relatório da ADP informou que os empregadores do setor privado abriram 62.000 postos de trabalho em abril, inferior das 147.000 vagas criadas em março e número muito menor que a previsão em pesquisa da Reuters de 115.000 empregos, indicando desaceleração do mercado de trabalho.
Sobre o propagação econômico, dados do governo norte-americano mostraram uma contração inesperada, com perda de 0,3% no primeiro trimestre em uma base anualizada, diante de um lucro de 2,4% no trimestre anterior e de uma expectativa de expansão de 0,3% em pesquisa da Reuters.
Os resultados fomentavam a percepção de extenuação da maior economia do mundo, o que pode ser exacerbado com a implementação de tarifas de importação pelo presidente Donald Trump, de pacto com analistas, provocando maior aversão ao risco entre investidores.
Mas uma vez que o pregão ainda contará com mais números a serem divulgados ao longo do dia, com destaque para dados do índice PCE — o medidor de inflação preposto do Federalista Reserve — para março, os agentes financeiros optavam por não fazer apostas muito acentuadas no momento.
“A sinceridade está sendo cautelosa diante desse cenário com muitos sinais divergentes, mas espero alternância de sinais e pregão sem direção única”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
“Acho que a volatilidade deve se salientar durante o dia”, completou.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,26%, a 99,433.
Dados de tarefa no Brasil
Na cena doméstica, a agenda macroeconômica também estava repleta de dados.
O IBGE informou que o Brasil fechou o primeiro trimestre com alta da taxa de desemprego em relação ao final do ano passado devido ao aumento no número de pessoas em procura de trabalho. Nos três meses até março a taxa de desemprego chegou a 7,0%, de 6,2% no quarto trimestre de 2024.
Mais cedo, o Banco Médio relatou que a dívida pública bruta do Brasil porquê proporção do PIB recuou em março sob efeito do propagação da economia e de um resgate líquido de títulos. A dívida bruta do governo universal chegou a 75,9% em março, de 76,1% no mês anterior.
Mais tarde, o mercado pátrio avaliará dados do governo para a geração de vagas formais de trabalho em março, com divulgação às 14h30.
O dia ainda conta com o fechamento da taxa Ptax para o mês. Calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No término de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições.
Abril volátil
A sessão desta quarta-feira fecha um mês que tem sido de grande volatilidade, com o dólar variando murado de 37 centavos diante de o real entre a máxima (R$ 5,9985) e a mínima de fechamento (R$ 5,6290) em abril.
Os movimentos têm sido influenciados pela enorme incerteza sobre a política mercantil dos EUA, em seguida o proclamação de tarifas amplas por Trump em 2 de abril, com analistas e investidores passando a temer pelo risco de uma recessão global.
Trump tem flexibilizado algumas de suas medidas tarifárias, em um esforço para entender acordos comerciais com uma série de parceiros, apesar de manter ainda taxas altas sobre a China, que já retaliou as tarifas dos EUA.
Os ataques do presidente norte-americano ao chair do Fed, Jerome Powell, e as ameaças de demiti-lo também influenciaram as negociações ao longo do mês, com Trump recuando de seus comentários depois.
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*Com informações da Reuters