É quase uma tradição que os alfaiates da Vivenda Gammarelli preparem as batinas brancas – geralmente em três tamanhos – para que o novo papa, no caso Robert Francis Prevost, eleito papa Leão XIV, vestisse imediatamente. Na semana passada, Lorenzo Gammarelli disse à dependência AFP que sua família estava preparada para fazer as três vestimentas, mas o Vaticano havia informado que “elas já haviam sido providenciadas” – o que o levou a crer que podem ser as batinas usadas em conclaves anteriores.
As vestes do novo papa também podem ser assinadas por Raniero Mancinelli, possuinte da Mancinelli Clero, que embora tenha dito não ter recebido uma solicitação do Vaticano, aproveitou a oportunidade para oferecer seu próprio conjunto de peças. “Podem precisar delas para o novo papa. Precisam estar prontas antes do conclave, para que possam usá-las, se necessário”, disse o alfaiate que já vestiu sete papas no pretérito, mas nunca o primeiro conjunto, usado quando o novo pontífice se dirige ao público no balcão da Basílica de São Pedro.
Papa Francisco fez dissemelhante
O Papa Francisco, no entanto, não usou as batinas de nenhuma das casas tradicionais. Sua primeira veste litúrgica usada em 2013, quando assumiu a liderança da Igreja Católica, foi feita por Filippo Sorcinelli, de 48 anos, estilista italiano, católico e gay. Ele, que também produz batinas para o Vaticano desde 2007, vestiu Francisco durante todo seu pontificado e foi o responsável por fazer a mitra – cobertura de cabeça usada pelos papas – com a qual Francisco foi enterrado.