As políticas tarifárias implementadas por Donald Trump estão gerando preocupações significativas sobre o porvir econômico dos Estados Unidos, de combinação com Thiago de Aragão, CEO da Arko Advice Internacional. Durante sua participação no programa WW desta segunda-feira (31), Aragão destacou os potenciais impactos negativos dessas medidas na economia americana.
Segundo o perito, a incerteza gerada por essas políticas está causando uma queda nos índices de confiança para o patamar mais inferior em mais de uma dez. Outrossim, as expectativas de longo prazo para a inflação já estão em subida, alimentando um clima de instabilidade econômica.
Impacto no mercado e na vida dos americanos
Aragão enfatizou que o mercado financeiro tem grande dificuldade em mourejar com incertezas, mais do que com notícias negativas concretas. A política de tarifas de Trump é vista uma vez que uma medida que pode “pegar pesado no bolso do americano”, potencialmente levando a um processo inflacionário e aumentando as chances de uma recessão.
O perito comparou a atual política tarifária a medidas semelhantes aplicadas na viradela do século 19 para o 20 nos Estados Unidos, muito uma vez que no Brasil nas décadas de 60, 70 e 80, ressaltando que tais abordagens não foram bem-sucedidas historicamente.
Dilema político-econômico
Trump enfrenta um dilema, segundo Aragão. Se mantiver firme sua posição, corre o risco de enfraquecer o envolvente econômico. Por outro lado, se ceder e mudar de teoria para proteger a economia, pode se enfraquecer politicamente, já que conta com um grupo de apoiadores que não compreende completamente o funcionamento das políticas tarifárias.
O CEO da Arko Advice Internacional também apontou uma falta de compreensão generalizada sobre o noção de tarifas entre muitos americanos, comparando essa situação à confusão que cercou o Brexit no Reino Uno. Ele alertou que, embora exista uma narrativa sobre uma vez que essas medidas poderiam estugar a capitalização nos Estados Unidos, o período de transição seria marcado por inflação e possivelmente recessão.