A expectativa era imensa para a primeira aparição do papa logo em seguida a fumaça branca. Também porquê ele apareceria vestido, já que o seu predecessor, o papa Francisco, que morreu em abril, havia quebrado um paradigma, em 2013, ao brotar na sacada da Basílica de São Pedro vestindo exclusivamente uma batina branca simples. Com o papa Leão XIV foi dissemelhante. Em sua primeira aparição pública, resgatou a mozeta papal, uma toga vermelha curta, usada sobre a tradicional batina branca e a estola sacerdotal (aquele tecido longo que vai sobre os ombros) decorada com cruzes bordadas.
Dali, falou-se muito das diferenças entre o novo papa e Francisco, já que escolheu trazer de volta a tradição. O que ficou no ar, porém, foi quem teria feito a batina incipiente – cogitou-se os tradicionais alfaiates da Moradia Gammarelli, mas o possessor Lorenzo Gammarelli tratou de desmentir, dizendo que o Vaticano havia informado que “elas já haviam sido providenciadas”; Raniero Mancinelli, possessor da Mancinelli Clero, que divulgou ter enviado três batinas ao Vaticano; e Filippo Sorcinelli, de 48 anos, que assinava as vestes do papa Francisco (foi ele que fez a mitra, cobertura de cabeça usada pelos papas com a qual foi enterrado).
A batina incipiente, no entanto, não se sabe ao visível – provavelmente de conclaves anteriores. Mas entre os três designers, um deles já vestiu o papa Leão XIV: Filippo Sorcinelli, que postou em sua conta do instagram uma foto do pontífice com uma de suas criações nos dias que se seguiram porquê novo papa.
Mesmo que a primeira sentimento pelas vestes tenha sido pela tradição, o vestuário do papa Leão XIV ter adotado as vestimentas de Sorcinelli, estilista italiano, católico e gay, e que vestia o papa Francisco, pode ser um mais um sinal de que o novo pontífice dará ininterrupção ao legado progressista do seu predecessor.